Conferência Episcopal emitiu um comunicado onde convidam as Forças armadas venezuelanas «a sentir-se parte de um povo que deve ser defendido e servido»
Conferência Episcopal emitiu um comunicado onde convidam as Forças armadas venezuelanas «a sentir-se parte de um povo que deve ser defendido e servido» Perante a gravidade da situação que se vive no país, os bispos da Venezuela dirigiram uma mensagem ao povo de Deus e as todas as pessoas de boa vontade, manifestando preocupação como os recorrentes apagões e convidando o Presidente, Nicolás Maduro, a ouvir a maioria da população e a ceder o poder. Manifestamos a nossa profunda preocupação pelos apagões recorrentes a nível nacional que, entre outras coisas, agravam ainda mais o fornecimento e a crise de conservação de alimentos e medicamentos, escrevem os prelados, acrescentando que a falta de energia aumenta a falta de água potável em muitas zonas do país, o que pode degenerar numa crise de saúde catastrófica. assinalando os crimes contra a humanidade que ocorrem na Venezuela, com assassinatos, detenção e tortura de presos políticos, falta de acesso a alimentação e medicamentos, os bispos convidam os elementos das Forças armadas a sentir-se parte de um povo que deve ser defendido e servido, atuando de acordo com a sua consciência. Pela voz do arcebispo emérito de Caracas, o cardel Jorge Urosa Savino, pedem ainda que Nicolás Maduro abandone o poder. Esta terrível crise reflete a incapacidade dos governantes atuais. São simplesmente incapazes de governar a Venezuela. a solução radical, mas pacífica, é que Maduro, já recusado pela maioria da população, se ponha de lado e ceda o poder que de facto mantém, defendeu o purpurado. É necessário aceitar a presidência interina do presidente da assembleia Nacional, Juan Guaidó, que se proponha o governo de transição, previsto pelo artigo 233 da Constituição, para que se possam realizar eleições transparentes e começar uma verdadeira recuperação do país, asseverou o cardeal, citado pela agência Fides.