Tragédia com a barragem de Brumadinho, no Brasil, levou à abertura de um processo de revisão das normas sobre armazenamento de resí­duos. Proposta deverá estar concluí­da até ao final do ano
Tragédia com a barragem de Brumadinho, no Brasil, levou à abertura de um processo de revisão das normas sobre armazenamento de resí­duos. Proposta deverá estar concluí­da até ao final do ano Os técnicos do Programa das Nações Unidas para o Meio ambiente (PNUMa), em parceria com o Conselho Internacional de Mineração e o Instituto Princípios para Investimento Responsável, iniciaram um processo independente de revisão das normas sobre armazenamento de resíduos, em resposta à tragédia na cidade brasileira de Brumadinho. O objetivo, segundo as agências, é estabelecer um padrão internacional para instalações de armazenamento de resíduos, pois as falhas nas barragens de resíduos têm consequências ambientais de longo alcance, com a lama tóxica libertada a infiltrar-se no solo e nos rios mais próximos, e o desastre de Brumadinho veio destacar a necessidade de uma implementação rápida de fortes padrões internacionais para a contenção de resíduos tóxicos de mineração. as propostas da comissão independente deverão estar concluídas até ao final do ano e, numa segunda fase, pretende-se trabalhar para defender a ampla aceitação e adoção dos novos padrões internacionais de armazenamento em todo o setor de mineração. Outra meta é que as novas normas se tornem compromissos dos membros do Conselho Internacional de Mineração e Metais, obrigando os membros internacionais a aderir às recomendações descritas no documento. Em 25 de janeiro, o rompimento da barragem da mina Córrego do Feijão, no município de Brumadinho, estado de Minas Gerais, causou a morte de 206 pessoas. Nessa altura, especialistas de direitos humanos da ONU pediram uma investigação imediata, completa e imparcial sobre o colapso da infraestrutura.