Conferência Episcopal considera o texto legislativo importante para regular a presença de diferentes grupos religiosos no país, mas aponta algumas lacunas, como não prever o direito à objeção de consciência
Conferência Episcopal considera o texto legislativo importante para regular a presença de diferentes grupos religiosos no país, mas aponta algumas lacunas, como não prever o direito à objeção de consciência Os bispos da Bolívia emitiram um comunicado a propósito a nova lei de liberdade religiosa, uma ferramenta legislativa que consideram importante para regular as atividades dos diferentes grupos religiosos, mas insuficiente, pois entre outras coisas, não contempla o direito à objeção de consciência. apesar de algumas lacunas que se podem encontrar [na lei] e da falta de acordo dos protagonistas envolvidos, cremos que representa um passo em frente em comparação com a legislação anterior: alguns aspetos importantes foram aclarados, como a personalidade jurídica, a questão fiscal, e o direito dos pais escolherem a educação religiosa que desejam para os seus filhos, refere o documento, citado pela agência Fides. a propósito da objeção de consciência, os bispos recordam o caso recente de dois médicos que estiveram a contas com a justiça por se recusarem a praticar um aborto, e reafirmam a necessidade de se salvaguardar a liberdade individual e de pensamento, não devendo obrigar-se ninguém a agir contra a sua consciência. Lamentamos que lei de liberdade religiosa não tenha contemplado um reconhecimento explícito deste direito à objeção de consciência, sublinham. No comunicado, a Conferência Episcopal da Bolívia aborda ainda a questão dos abusos na Igreja, expressando o seu compromisso de atuar com transparência, justiça e caridade perante as vítimas, nos casos de eventuais abusos sexuais cometidos por sacerdotes no país.