Uma semana depois do furacão que devastou a cidade e causou grandes inundações, a população tenta recuperar os estragos ou opta por procurar alternativas de vida noutras regiões
Uma semana depois do furacão que devastou a cidade e causou grandes inundações, a população tenta recuperar os estragos ou opta por procurar alternativas de vida noutras regiões a tempestade que há uma semana atingiu Moçambique deixou a cidade da Beira numa situação caótica. Falta água, eletricidade e alimentação, os bairros periféricos continuam alagados e o som que mais se ouve é das motosserras ou do martelar nas chapas de zinco. Os supermercados e mercados do peixe e de legumes não funcionam e as tentativas de saque aos armazéns que escaparam à fúria da intempérie têm-se multiplicado nos últimos dias, devido à falta de bens de primeira necessidade. Em desespero, muitas pessoas optam por deixar a cidade. além dos meios aéreos, as agências humanitárias estão a usar 18 barcos nas operações de busca e salvamento, que são coordenadas a partir de duas grandes salas do aeroporto da Beira, onde se concentram os funcionários de dezenas de organização não governamentais, agências da ONU e organismos do governo, relata a agência Lusa. Por cá, multiplicam-se as iniciativas de solidariedade com o povo moçambicano. Esta sexta-feira, 22 de março, o músico João Gil, em conjunto com a Cruz Vermelha Portuguesa, lançou o desafio a todos os artistas lusófonos para participarem no maior concerto do mundo e, assim, angariarem fundos destinados a Moçambique, afetado pelo ciclone Idai. Ontem à noite, a autoridade Nacional da Proteção Civil (aNPC) enviou para Moçambique uma equipa avançada de peritos multidisciplinares que integra elementos do Comando da aNPC, Força Especial de Bombeiros, GNR, INEM e EDP. Foram ainda enviados fuzileiros da Marinha Portuguesa e duas equipas do Exército com capacidade de intervenção médica e de apoio de engenharia e uma aeronave C-130 da Força aérea.