Profissionais pretendem usar os meios de comunicação, sobretudo a rádio, para informar os habitantes da Serra Leoa sobre eventuais falsas promessas de emprego e sensibilizar a população para o problema do tráfico humano
Profissionais pretendem usar os meios de comunicação, sobretudo a rádio, para informar os habitantes da Serra Leoa sobre eventuais falsas promessas de emprego e sensibilizar a população para o problema do tráfico humano a Serra Leoa tem sido castigada pela violência, grande parte da população vive na pobreza e a taxa de desemprego é elevada, circunstâncias que deram origem a um verdadeiro flagelo: o tráfico humano destinado ao trabalho forçado. Para combater este problema, um grupo de 27 jornalistas de estações de rádio comunitárias e nacionais criou uma rede destinada a lutar contra os traficantes de pessoas. Mais de metade dos jovens estão desempregados, pelo que quando lhes é apresentada uma oferta aparentemente emocionante, especialmente se prevê a ida para o exterior, a maior parte aproveita a oportunidade e praticamente nem sequer verifica a autenticidade da mesma, explica Sanusi Savage, da Organização Internacional para as Migrações (OIM). ao criarem a rede nacional, os jornalistas pretendem, através das emissões radiofónicas contribuir para a educação dos habitantes da Serra Leoa, em relação à identificação de possíveis falsas promessas de trabalho, e também informar as forças de segurança sobre casos suspeitos de tráfico humano. É um primeiro passo do que esperamos venha a ser uma estratégia a longo prazo para ajudar as pessoas a compreenderem melhor os perigos do tráfico de pessoas, sublinha Mohamed Sajuma, um dos profissionais envolvidos. De acordo com um relatório sobre tráfico elaborado pelo Departamento de Estado norte-americano, a Serra Leoa é um país de origem e de destino. Os traficantes recrutam crianças e jovens de ambos os sexos nas zonas rurais e transferem-nos para zonas urbanas ou centros de mineração para ser explorados do ponto de vista sexual, em trabalho forçado, no serviço doméstico ou na mendicidade.