Mulheres e meninas sul-sudanesas enfrentam grandes riscos de serem atacadas por grupos armados quando se deslocam para procurar alimentos ou recolher madeira
Mulheres e meninas sul-sudanesas enfrentam grandes riscos de serem atacadas por grupos armados quando se deslocam para procurar alimentos ou recolher madeira Os ataques sexuais no Sudão do Sul tornaram-se tão comuns que as mães estão a ensinar as filhas a lidar com os eventuais agressores, numa tentativa de minimizarem as violações e a violência, informou esta semana a presidente da Comissão de Direitos Humanos, Yasmin Sooka, durante a última sessão do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas. O prolongado conflito no Sudão do Sul teve um impacto mais profundo sobre as mulheres e meninas, que sofreram violência sexual, incluindo violações às mãos de forças do governo e da oposição, afirmou a responsável, revelando que foram recolhidas provas de várias violações brutais, escravidão sexual, sequestros, casamento forçado, gravidez forçada, aborto forçado e mutilação de órgãos sexuais, assim como assassinatos. Segundo Sooka, milhares de jovens foram recrutados por comandantes que prometeram que estes poderiam saquear as povoações e violar mulheres e meninas, ao invés de receberem pagamento. Este tipo de comportamento criou um padrão no conflito, onde a violação e a violência sexual são usadas como uma tática de guerra contra mulheres e meninas, para semear terror e medo entre a população civil.