Desde o início do conflito, que se arrasta há nove anos, o ano passado foi o que registou o maior número de crianças mortas, segundo dados recolhidos pelas agências das Nações Unidas
Desde o início do conflito, que se arrasta há nove anos, o ano passado foi o que registou o maior número de crianças mortas, segundo dados recolhidos pelas agências das Nações Unidas O Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) revelou esta semana que 2018 foi o ano com maior número de crianças mortas na Síria, desde o início do conflito, que entrou no nono ano. ao todo, foram contabilizadas 1. 106 vítimas mortais, mas os responsáveis da agência acreditam que o número de menores mortos nos confrontos poderá ter sido muito maior. Hoje existe um equívoco alarmante de que o conflito na Síria está a chegar rapidamente ao fim, e não está. as crianças continuam em perigo, tanto quanto em qualquer outro momento do conflito, alertou a diretora executiva do UNICEF, Henrietta Fore, sublinhando que as minas e as munições não detonadas são agora a principal causa de mortes de crianças em todo o país. Segundo a responsável, cerca de 2,6 milhões de crianças sírias continuam refugiadas nos países vizinhos e muitas famílias não podem enviar suas crianças para a escola, pelo que estarão a recorrer a mecanismos como o trabalho e casamento infantil para conseguirem alguns rendimentos para sobreviver. À medida que a guerra entra em seu nono ano, o UNICEF lembra novamente às partes envolvidas no conflito e à comunidade global que são as crianças do país as que mais sofreram e têm mais a perder. Cada dia que o conflito continua é outro dia roubado da infância delas, lamentou Henrietta Fore.