a assembleia sinodal convocada pelo Papa Francisco para discutir a situação da amazónia procurará soluções para acabar com a «cultura do descarte» e a «mentalidade extrativista», revela cardeal
a assembleia sinodal convocada pelo Papa Francisco para discutir a situação da amazónia procurará soluções para acabar com a «cultura do descarte» e a «mentalidade extrativista», revela cardeal O Sínodo sobre a Região Pan-amazónica agendado para o próximo mês de outubro, por iniciativa do Papa Francisco, terá como objetivo principal alertar para excessos cometidos na região da amazónia, em particular no respeita ao desmatamento e à mineração, revelou o secretário-geral do Sínodo dos Bispos, cardeal Lorenzo Baldisseri. O crescimento desmedido das atividades agrícolas, extrativas e de desmatamento na amazónia não apenas danificou a riqueza ecológica da região, da sua floresta e das suas águas, mas também empobreceu a realidade social e cultural, afirmou o purpurado, durante um fórum ambiental realizado em San Miniato, na Itália. O encontro sinodal pretende discutir novos caminhos para a evangelização da amazónia, a tutela dos povos indígenas e formas de proteção do meio ambiente, um tema que tem marcado o Pontificado de Francisco e que foi profundamente desenvolvido na sua primeira encíclica Ladauto Si, que prega a criação de um novo modelo de desenvolvimento. Recentemente, o ministro brasileiro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), augusto Heleno, reconheceu que o governo de Jair Bolsonaro está preocupado com o sínodo, afirmando que parte dos temas em agenda afeta a soberania nacional. Mas para Lorenzo Baldisseri o que a Igreja pretende é promover a procura de soluções para combater a profunda crise causada por uma prolongada ingerência humana, na qual predomina a cultura do descarte e uma mentalidade extrativista.