Cheias causaram pelo menos dez mortos e prejudicaram mais de 62 mil pessoas em Moçambique. Catástrofe afeta também o vizinho Malawi, e as vítimas podem aumentar nos próximos dias com a continuação das fortes chuvas
Cheias causaram pelo menos dez mortos e prejudicaram mais de 62 mil pessoas em Moçambique. Catástrofe afeta também o vizinho Malawi, e as vítimas podem aumentar nos próximos dias com a continuação das fortes chuvasTécnicos do Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de assuntos Humanitários (OCHa) chegaram terça-feira, 12 de março, a Moçambique para avaliar o género de auxílio necessário para o país, depois das chuvas e cheias que provocaram, pelo menos, dez mortos, e que afetaram 62. 975 pessoas.
as populações das províncias centrais da Zambézia, Tete e Niassa, no norte do país, depararam-se com um cenário que motivou as autoridades governamentais a emitirem o alerta vermelho no início desta semana. No terreno, profissionais da Organização das Nações Unidas (ONU) apoiam já a coordenação da resposta internacional e concedem ajuda urgente através das várias agências que detêm.
a liderar as ações de resposta à catástrofe está o governo, que já instalou pelo menos 10. 512 pessoas deslocadas em 15 espaços preparados para o efeito, nas três províncias atingidas pela calamidade. Os dados até agora facultados mostram que pelo menos 83. 318 hetares da área cultivada estão submersos, o que afeta 54. 853 pequenos agricultores.
Segundo os serviços de comunicação das Nações Unidas, a depressão tropical no Canal de Moçambique evoluiu para tempestade tropical, com a denominação de “Idai”, e irá alcançar o estágio de ciclone tropical nos próximos dias. as autoridades moçambicanas alertam também para a possibilidade de pelo menos 120 mil cidadãos estarem em vias de se tornarem vítimas das cheias nos próximos dias.
Os efeitos das chuvas atingem também cerca de 115 mil pessoas, sobretudo no sul do Malawi, país vizinho. Os técnicos do OCH a alertam para o facto da quantidade de pessoas afetadas pela catástrofe poder aumentar, à medida que os grupos de avaliação chegam a novas zonas do Malawi.
Outra das consequências das cheias diz respeito ao fornecimento de energia, com mais de 80 por cento da capacidadehidroelétrica disponível do país a estar prejudicada. No final da última semana Peter Mutharika, presidente do Malawi, declarou estado de emergência nas regiões mais devastadas.