Exploração comercial dos oceanos é tão intensa que 90 por cento dos recursos pesqueiros já foram totalmente explorados, ou tiveram um colapso completo, alertam os especialistas
Exploração comercial dos oceanos é tão intensa que 90 por cento dos recursos pesqueiros já foram totalmente explorados, ou tiveram um colapso completo, alertam os especialistas Se não houver mudanças significativas em relação à forma como se tem explorado os oceanos, até 2100 mais de metade das espécies marinhas podem ser extintas. O aviso parte do Programa das Nações Unidas para o Meio ambiente (PNUMa), que alerta para a catástrofe ecológica e financeira que se está a desenvolver lentamente. De acordo com a agência, cerca de 15 por cento das proteínas animais consumidos pelos humanos vêm dos oceanos, mas ao mesmo tempo, um desperdício surpreendente ainda persiste na pesca comercial. Um em cada três peixes pescados nunca chega aos pratos e todos os anos o setor pesqueiro desperdiça cerca de 10 milhões de toneladas do produto, o suficiente para encher 4. 500 piscinas de tamanho olímpico. O tráfico de peixes exóticos também representa uma séria ameaça à vida nos oceanos, assim como o plástico – estima-se que entrem nos oceanos todos os anos entre cinco a 12 milhões de toneladas métricas do produto -, os esgotos e o escoamento agrícola, que estão a sobrecarregar os ecossistemas costeiros com nitrogénio. É possível que os humanos nunca conheçam realmente a vasta expansão do oceano. Mas, o que se sabe é o que precisa ser feito para proteger o maior sistema de apoio à vida, já que mais de três biliões de pessoas dependem da biodiversidade marinha e costeira para sobreviver, referem os especialistas do PNUMa. a agência da ONU destaca ainda que é preciso um empenhamento total na conservação dos incríveis recursos dos oceanos para o crescimento económico e o desenvolvimento sustentável, o que significa que os governos devem cumprir os compromissos assumidos nos acordos da ONU e outros relacionados com o oceano.