O enviado especial das Nações Unidas para o Corno de África, Kjell Magne Bondevik, avisou que muitas pessoas nas zonas afectadas pela seca podem morrer a menos que chegue ajuda rapidamente.
O enviado especial das Nações Unidas para o Corno de África, Kjell Magne Bondevik, avisou que muitas pessoas nas zonas afectadas pela seca podem morrer a menos que chegue ajuda rapidamente. Estima-se que 11 milhões de pessoas no Djibuti, Etiópia, Quénia, Somália e Tanzânia enfrentam carências alimentares devido à seca que devastou a região. Condições de “quase-fome” foram assinaladas em algumas das zonas afectadas.
“Há o perigo real de que muitas pessoas possam morrer como consequência da seca se a ajuda necessária não chegar a tempo”, disse Bondevik na quinta-feira depois de visitar o distrito de Kajiado, no Quénia, onde os campos estão cheios de gado morto. Setenta por cento dos 530 mil habitantes do distrito dependem de ajuda alimentar, que necessita ser aumentada urgentemente, disse o comissário do distrito Ernet Munyi.
“Vi com os meus próprios olhos os efeitos terrí­veis que esta seca tem nas comunidades de pastores, agricultores e suas famílias”, disse Bondevik. “Nessas comunidades, as crianças são os mais vulneráveis. Esperamos evitar a grande catástrofe; é possível, está nas mãos da comunidade internacional e, claro, das autoridades nacionais e locais”.
O enviado das Nações Unidas pediu uma ligação entre a ajuda de emergência e os programas de desenvolvimento a longo prazo para melhorar a capacidade da população de enfrentar a seca.
No início deste mês, o governo queniano pediu ajuda no valor de 230 milhões para auxiliar três milhões e meio de pessoas, incluindo 500 mil crianças, que precisam de ajuda humanitária nos 25 distritos afectados pela seca.