Membros permanentes do Conselho de Segurança das Nações Unidas não chegaram a consenso sobre uma possível intervenção na crise venezuelana
Membros permanentes do Conselho de Segurança das Nações Unidas não chegaram a consenso sobre uma possível intervenção na crise venezuelana Os dois projetos de resolução apresentados a votação no Conselho de Segurança da ONU – um pelos Estados Unidos da américa (EUa) e outro pela Rússia – não obtiveram os votos necessários para serem aprovados, um porque foi vetado por dois membros permanentes e outro por não conseguirem os votos suficientes. a primeira proposta, promovida pelos EUa, pedia que se facilitasse a entrada de ajuda humanitária no país, pedia eleições com observadores internacionais e reconhecia o líder da assembleia Nacional, Juan Guaidó, como Presidente. O documento recebeu nove votos a favor, três abstenções e três votos contra, dois deles da Rússia e China, que têm direito de veto. O segundo texto, apresentado pela Rússia, defendia a entrega de ajuda humanitária de acordo com os princípios de humanidade, neutralidade, imparcialidade e independência, adotados pela ONU. Propunha ainda uma tentativa de promoção do diálogo através do Mecanismo de Montevideo. O documento foi chumbado com sete votos contra, quatro a favor e quatro abstenções. antes das votações, o embaixador da Rússia na ONU classificou de hipócrita o texto norte-americano. Se os Estados Unidos quisessem de verdade ajudar o povo da Venezuela, atuava através dos canais oficiais, como as agências da ONU que operam no país, mas essa não é a finalidade, trata-se de uma cortina de fumo, afirmou Vassily Nebenzia. Já o enviado especial dos EU a para a Venezuela, Elliot abrams, defendeu a necessidade de uma intervenção imediata no país. Cada membro da comunidade internacional que reconheça o governo de Guiadó apoia a luta do povo da Venezuela para restaurar a democracia. Lamentavelmente, ao votar contra esta proposta, alguns membros deste Conselho continuam a proteger [Nicolás] Maduro e a prolongar o sofrimento dos venezuelanos, disse o diplomata. Por fim, o embaixador da Venezuela na ONU, Samuel Moncada, referiu que as ameaças contra a paz no seu país vêm do exterior e acusou os EU a de falsificar o conteúdo das resoluções da Organização dos Estados americanos (OEa) mencionadas na sua proposta, que fazem referência a um desconhecimento do processo eleitoral venezuelano de 2018.