apesar do acordo de paz assinado em dezembro do ano passado, a violência continua a atingir a população, em particular as crianças. Todos os dias são mortos ou feridos oito menores no país
apesar do acordo de paz assinado em dezembro do ano passado, a violência continua a atingir a população, em particular as crianças. Todos os dias são mortos ou feridos oito menores no país O cenário é aterrador. Cerca de 1,2 milhões de crianças continuam a viver em 31 áreas de conflito no Iémen, testemunhando a violência brutal da guerra, que causa todos os dias oito mortos ou feridos entre os menores. a maioria perde a vida enquanto brinca nas ruas com os amigos ou no caminho de ida ou de volta da escola. Podemos dizer que o Iémen é um inferno para as crianças. Estamos a falar de mais de 11 milhões de menores que precisam de ajuda humanitária. Isso representa 80 por cento da população de crianças no país e o conflito, que está a entrar no quarto ano, só piora a situação que já era complicada no país e se tornou ainda pior, alerta a chefe de comunicação do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) no Iémen, Thaiza Castillo. Segundo a responsável, em declarações à ONU News, desde o início do conflito, cerca de um milhão de crianças foram deslocadas, mais de 2,6 mil foram mortas e quase 2,7 mil recrutadas para lutarem na frente de combate. Uma em cada cinco escolas não pode ser usada por que foi danificada, está a ser utilizada no conflito ou a servir como abrigo para famílias deslocadas. Mais de dois milhões de crianças, que representam um terço dos menores em idade escolar, não estão a estudar. Esta terça-feira, 26 de fevereiro, realiza-se em Genebra, na Suíça, uma conferência de alto nível de doadores, organizada pela ONU e pelos governos da Suécia e da Suíça. as Nações Unidas reclamam mais de 3,5 mil milhões de euros para a resposta humanitária no Iémen este ano, um aumento de 33 por cento em relação ao ano passado. O subsecretário-geral da ONU para os assuntos Humanitários, Mark Lowcock, destaca que é preciso evitar que a tragédia humanitária piore ainda mais e diz que tem esperança que a ação coletiva, em Genebra, possa salvar mais vidas e reforçar o processo político em direção a uma solução pacífica, pois o mundo deve isso às crianças do Iémen e às suas famílias.