Grupo de Lima decidiu apertar o cerco a Nicolás Maduro, mas «sem o uso da força», pelo menos por enquanto. Foi ainda pedido ao Tribunal Penal Internacional que investigue a atuação do regime venezuelano
Grupo de Lima decidiu apertar o cerco a Nicolás Maduro, mas «sem o uso da força», pelo menos por enquanto. Foi ainda pedido ao Tribunal Penal Internacional que investigue a atuação do regime venezuelano Os Estados Unidos da américa ainda não renunciaram totalmente a uma possível intervenção militar na Venezuela, mas, por enquanto, os membros do chamado Grupo de Lima defendem que a transição para a democracia deve ser feita pelos próprios venezuelanos, de forma pacífica, e sem o uso da força. Reunidos na segunda-feira, 25 de fevereiro, em Bogotá, na Colômbia, os aliados da oposição venezuela decidiram, no entanto, solicitar ao Tribunal Penal Internacional que leve em consideração a grave situação humanitária na Venezuela, a violência criminosa do regime de Maduro contra a população civil e a negação do acesso à assistência internacional, que constituem crime contra a humanidade. O Grupo de Lima é constituído por 13 países latino-americanos e pelo Canadá. Nesta reunião, não participaram os representantes do México, Guiana e Santa Lúcia – que não reconhecem Juan Guaidó como Presidente interino. Mas os Estados Unidos da américa (EUa) fizeram representar-se com o vice-presidente Mike Pence. após a tentativa fracassada de entrega de ajuda humanitária aos venezuelanos, os EU a congelaram os ativos de quatro governadores alinhados com Nicolás Maduro e convidaram os membros do Grupo de Lima a transferirem os ativos da companhia petrolífera estatal para Guaidó. a administração Trump continua 100 por cento ao lado do auto-proclamado Presidente interino, pelo que anunciou uma nova ajuda de 49 milhões de euros para os países que recebem migrantes venezuelanos, e solicitou uma reunião de emergência ao Conselho de Segurança da ONU para analisar os acontecimentos do último fim de semana. a tensão mantém-se nas fronteiras com o Brasil e com a Colômbia, encerradas por ordem do governo de Maduro, com confrontos entre os militares e a população. Entretanto, são vários os elementos da Guarda Nacional Bolivariana a desertar. até ontem à noite, o número oficial de militares venezuelanos desertores já tinha chegado a 270.