Pontífice assegurou que a Igreja Católica tudo fará para levar à justiça quem quer que tenha cometido algum tipo de abuso sexual e que «nunca tentará encobrir nenhum caso»
Pontífice assegurou que a Igreja Católica tudo fará para levar à justiça quem quer que tenha cometido algum tipo de abuso sexual e que «nunca tentará encobrir nenhum caso» Oito normas concretas e a promessa de tolerância zero para os abusadores de menores, foram duas das principais conclusões da cimeira história que reuniu os presidentes das conferências episcopais no Vaticano, para debater a proteção de menores por parte do clero. No discurso de encerramento, o Papa Francisco prometeu uma nova atitude da Igreja, assegurando que nunca tentará encobrir nenhum caso. Citando vários relatórios de instituições internacionais, o Pontífice recordou, este domingo, 24 de fevereiro, que a praga dos abusos sexuais a crianças é universal e transversal, o que não diminui a sua monstruosidade dentro da Igreja. Por isso, se a Igreja descobrir um só caso de abuso – que representa já em si mesmo uma monstruosidade – esse caso será tratado com a maior seriedade. após três dias de debates, Francisco disse ter chegado a hora de dar diretrizes uniformes para a Igreja, e deixou oito “normas” de boas práticas para lidar com o problema, cujo objetivo é proteger as crianças e impedir que caiam vítimas de qualquer abuso psicológio e físico. Neste sentido, a Igreja não poupará esforços e fará tudo o que for necessário para entregar à justiça toda a pessoa que tenho cometido abusos, tentará impor um renovado e perene empenho na santidade dos pastores e reforçará as exigências de seleção e formação dos candidatos ao sacerdócio. Segundo as linhas traçadas pelo Papa, as conferências episcopais deverão unir-se na aplicação de parâmetros que tenham valor de normas e não apenas de diretrizes, oferecer acompanhamento e apoio às pessoas que sofreram abusos e sensibilizar os seminaristas, sacerdotes, religiosos, agentes pastorais e todos os fiéis para as novas formas de abuso sexual e de outras formas de abuso, que podem surgir através dos meios digitais. Francisco alertou ainda para o flagelo do turismo sexual: É importante coordenar os esforços a todos os níveis da sociedade e colaborar estreitamente com as organizações internacionais para realizar um quadro jurídico que proteja as crianças da exploração sexual no turismo e permita perseguir legalmente os criminosos, afirmou.