apesar dos níveis recorde de pessoas forçadas a abandonar as suas casas, apenas 4,7 por cento dos refugiados encontraram um país que lhes garantiu acolhimento permanente
apesar dos níveis recorde de pessoas forçadas a abandonar as suas casas, apenas 4,7 por cento dos refugiados encontraram um país que lhes garantiu acolhimento permanente Um relatório do alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (aCNUR), divulgado esta semana, revela que dos 1,2 milhões de refugiados que necessitavam de reassentamento, em 2018, apenas 55 mil conseguiram encontrar um novo lugar para se estabelecer de forma permanente. O reassentamento envolve a transferência de refugiados de um país de acolhimento para outro que concordou em recebê-los e garantir-lhes um assentamento duradouro, é um instrumento de proteção e um mecanismo para governos e comunidades partilharem a responsabilidade de responder às crises de deslocamentos forçados, mas está disponível apenas para uma pequena fração de refugiados no mundo. Para contrariar esta situação, o aCNUR deposita grandes esperanças no Pacto Global sobre Refugiados, que tem como principal objetivo reduzir o impacto nos países que mais acolhem refugiados, num ano em que se estima que cerca de 1,4 milhões de refugiados que residem em 65 países de acolhimento vão necessitar de reassentamento. O lote de pessoas com necessidade de encontrar um país onde residir e refazer a vida inclui refugiados sírios sírios hospedados em países do Médio Oriente, como a Turquia,e refugiados em países ao longo do Mediterrâneo Central, onde movimentos em direção à Europa continuam a ceifar vidas humanas.