Os testemunhos daqueles que trocaram a sua zona de conforto pela pobreza sensibilizaram em Fátima jovens portugueses, que agora acreditam que uma experiência dessas poderá contribuir para se tornarem pessoas melhores
Os testemunhos daqueles que trocaram a sua zona de conforto pela pobreza sensibilizaram em Fátima jovens portugueses, que agora acreditam que uma experiência dessas poderá contribuir para se tornarem pessoas melhoresana Sá, Mariana Silva e Miguel araújo, os três com 15 anos, e Patrícia Dias, de 20, estão este sábado, 16 de fevereiro, em Fátima, cidade onde chegaram no final do dia anterior para participarem num convívio jovem, inserido no programa da 29a Peregrinação da Família Missionária da Consolata. Residentes em Ribeirão, concelho de Vila Nova de Famalicão, os quatro têm as suas ideias e pensamentos “presos” aos testemunhos missionários que puderam escutar ao longo da noite de sexta-feira.

Se para o grupo, uma experiência missionária era algo em que nunca se tinha pensado, depois do testemunho de Lígia Cipriano, que se tornou irmã missionária da Consolata aos 49 anos, a ideia de partir em missão tornou-se apelativa. O testemunho de Lígia sensibilizou-me. Nunca tinha pensado ir em missão, mas isso talvez vá acontecer um dia. Será uma forma de crescer como pessoa e esta está a ser uma experiência diferente e muito fixe, explicou Mariana Silva.

as palavras de uma das mais recentes irmãs da Consolata também tiveram um impacto especial em Patrícia Dias, que ficou sensibilizada com o facto da missão mostrar que os povos de destino é que têm tudo e nós nada. Eles é que nos ensinam, observou a jovem. a Miguel araújo, o convívio jovem mostrou que vida “gira” muito para além das tecnologias e que não depende só delas.

Os quatro adolescentes fazem parte de um grupo muito maior. Depois de no ano passado o catequista Miguel almeida, de 44 anos, ter levado até Fátima 41 adolescentes, este ano, o educador para a fé reuniu 107 jovens. aos adolescentes são dadas várias tarefas, de que é exemplo a encenação das estações da via-sacra, à semelhança daquilo que já fizeram o ano passado, mas que este ano conta também com mensagens que fazem já antever a visita do Papa a Portugal, no âmbito da próxima edição da Jornada Mundial da Juventude.

Para o catequista, a participação dos mais novos nesta iniciativa contribui para que estes possam pensar no percurso que estão a fazer e refletirem sobre aquilo que faz falta na atualidade e no mundo em que estão a crescer. Miguel almeida considera que jornadas como esta podem fornecer “ferramentas” para que os jovens possam crescer na vida cristã e como seres humanos, algo que se pode manifestar de variadas formas, como por exemplo, ajudando o próximo, mostrando assim que a vida em Igreja não é só rezar, mas é também caminho, missão, partilha e a divulgação daquilo que os outros não têm. Para o responsável, são atividades assim que contribuem para que os jovens façam, semeiam e colham o bem, porque quem pratica o bem recebe o bem.