Os grupos activistas dos direitos humanos apelaram aos países dadores do Camboja, que contribuem com metade do orçamento anual, para que aumentem a pressão sobre o governo.
Os grupos activistas dos direitos humanos apelaram aos países dadores do Camboja, que contribuem com metade do orçamento anual, para que aumentem a pressão sobre o governo. O governo do Camboja libertou recentemente activistas dos direitos humanos e um membro do parlamento da oposição. Porém, cinco grupos de defesa dos direitos humanos dos Estados Unidos, Europa e Ásia, lançaram um apelo para que seja aumentada a pressão sobre o governo cambojano para que enfrente o problema da corrupção e os abusos dos recursos naturais.
O apelo foi feito público uma semana antes de um encontro do Banco Mundial em que a nação espera receber 550 milhões de euros em ajuda internacional. “Os dadores não devem ser enganados e pensar que a situação melhorou”, disse Basil Fernando da Comissão asiática dos Direitos Humanos. “é um esquema já com dez anos: o governo mostra boa vontade antes do encontro de dadores, e depois volta tudo à mesma”.
O Camboja tem recebido entre 450 e 550 milhões de euros por ano desde as eleições, apoiadas pelas Nações Unidas, em 1993. Mas estes contributos não serviram para construir a democracia estável e funcional que se esperava.
O primeiro-ministro Hun Sen, antigo militar que governou o país nos últimos 20 anos, é acusado de se ter tornado cada vez mais autoritário, os recursos naturais estão a ser devastados, a corrupção está em aumento e os direitos básicos dos cidadãos são ignorados.