Os progressos na diminuição do desemprego a nível mundial não foram acompanhados de uma melhoria da qualidade das condições laborais, revela um estudo da Organização Internacional do Trabalho
Os progressos na diminuição do desemprego a nível mundial não foram acompanhados de uma melhoria da qualidade das condições laborais, revela um estudo da Organização Internacional do Trabalho O principal problema que se vive atualmente no mercado de trabalho é a generalização do emprego de má qualidade. Segundo o mais recente estudo da Organização Internacional do Trabalho (OIT), esta adversidade afeta milhões de pessoas que têm de aceitar condições laborais deficientes para manter o emprego. Ter emprego nem sempre garante condições de vida dignas. Há 700 milhões de pessoas que vivem em condições de pobreza extrema, apesar de terem trabalho, sublinha o diretor do departamento de investigações da OIT, Damian Grimshaw, adiantando que o ano passado a maioria das pessoas ocupadas careciam de segurança económica, bem estar material e igualdade de oportunidades. Outro dos pontos em destaque no estudo prende-se com a falta de avanços na redução do fosso de participação laboral entre homens e mulheres. Em 2018, cerca de três em cada quatro dos 3,5 mil milhões de trabalhadores que compõem a força de trabalho mundial eram homens. Em relação ao desemprego, a OIT estima que o ano passado terminou com um total de 172 milhões de desempregados no mundo, o que pressupõe uma taxa de desemprego de cinco por cento. as previsões apontam para que esta percentagem se mantenha nos próximos dois anos.