atrasos nos pagamentos por parte do Estado estão a criar graves problemas de tesouraria às instituições de solidariedade social. algumas correm risco de encerramento
atrasos nos pagamentos por parte do Estado estão a criar graves problemas de tesouraria às instituições de solidariedade social. algumas correm risco de encerramento Os bispos que compõem o Conselho Permanente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) manifestam-se preocupados com a situação financeira de muitas instituições de solidariedade social e temem mesmo que algumas delas se vejam obrigadas a fechar portas, caso o Estado não regularize os pagamentos dos apoios num curto espaço de tempo. Há Centros Sociais e Instituições Particulares de Solidariedade Social [IPSS] que estão a ser asfixiadas financeiramente e em risco de fechar por não receberem os apoios do Estado a que têm direito, alertou esta terça-feira, 12 de fevereiro, o porta-voz da CEP, padre Manuel Barbosa. Segundo o sacerdote, há casos de instituições que estão sem receber há vários meses e só se mantêm em funcionamento devido à solidariedade da comunidade. E muitas delas são as únicas alternativas de apoio social às populações. No final da reunião da CEP, Manuel Barbosa transmitiu também a inquietação do episcopado em relação à greve dos enfermeiros. a greve é um direito justo e legítimo, mas tem que ter-se em conta o direito das pessoas doentes e o direito à vida, sublinhou o sacerdote, apelando a um diálogo entre as partes, para que sejam assegurados os direitos fundamentais dos cidadãos. O porta-voz da CEP referiu ainda que os bispos continuam a preparar a participação na Cimeira sobre abusos sexuais convocada pelo Papa Francisco (21 a 24 de fevereiro), e reiteram a disponibilidade ativa para escutar presumíveis vítimas de abuso por parte de clérigos. Manuel Barbosa revelou que em Portugal, desde 2001, terão sido cerca de uma dezena os casos denunciados, mas mais de metade pararam depois de investigações pelos tribunais eclesiásticos.