Dos mais de 10 mil menores libertados pelos grupos armados em 2017 apenas 70 por cento receberam apoio. Exploração de meninas também aumentou, assim com os casos de violência sexual
Dos mais de 10 mil menores libertados pelos grupos armados em 2017 apenas 70 por cento receberam apoio. Exploração de meninas também aumentou, assim com os casos de violência sexual O número de menores usados em conflitos armados em todo o mundo aumentou para o dobro, entre 2012 e 2017, com cerca de 30 mil casos de recrutamento verificados neste período, denuncia a organização Child Soldiers Internacional, alertando para a crescente exploração das meninas e consequente aumento dos casos de violência sexual. Depois de analisarem os relatórios anuais publicados pelas Nações Unidas, entre 2012 e 2017, a propósito do Dia Internacional Contra o Uso de Crianças-Soldado, que se assinala esta terça-feira, 12 de fevereiro, os peritos da organização constataram que houve um total de 29. 218 casos de recrutamento em 17 países e uma tendência contínua de crescimento. Enquanto em 2012 se contabilizaram 3. 159 casos em 12 países, em 2018 registaram-se 8. 185 recrutamentos, o que supõe um aumento de 159 or cento. Os conflitos abertos no Médio Oriente, assim como na Somália, Sudão do Sul, República Democrática do Congo e República Centro-africana estão a deixar as crianças cada vez mais expostas ao recrutamento. além de serem usados como combatentes e em postos de controlo, os menores servem como informadores, para fazerem saques e como escravos domésticos e sexuais. Quanto às crianças-soldado libertadas pelos grupos armados, os ativistas recordam a necessidade de um maior apoio à reinserção. Dos mais de 10 mil menores libertados em 2017, apenas 70 por cento receberam assistência. O recrutamento de menores é uma das questões de Direitos Humanos mais desesperadas da nossa época. É fundamental que o mundo não faça vista grossa a este abuso continuado e se reforcem os recursos a nível local e internacional para combatê-lo de forma mais efetiva, defende a diretora da organização, Isabelle Guitard.