angola, que recentemente saiu de décadas de guerra civil, está agora a centrar a sua atenção na possibilidade de um papel mais importante na paz e segurança da África.
angola, que recentemente saiu de décadas de guerra civil, está agora a centrar a sua atenção na possibilidade de um papel mais importante na paz e segurança da África. as ambições de uma maior papel estratégico na segurança do continente podem ser consolidadas pela possibilidade de assistência militar demonstrada por Portugal, que já indicou a intenção de ajudar a angola a desenvolver forças de manutenção de paz no seio das suas forças militares.
Festus aboagya, chefe do programa de missões de paz do Instituto de Estudos sobre Segurança na África do Sul, disse à agência de notícias IRIN que o desejo de angola de se envolver em missões de manutenção da paz é crucial para as ambições regionais e continentais do país. “é um candidato à liderança regional do sul do continente africano, por isso é natural que queira uma posição favorável com um papel importante no esforço para restaurar e manter a paz e a segurança”, disse.
Uma possível dificuldade é a linguagem, sendo um país lusófono terá dificuldade em adoptar o inglês e vai necessitar de intérpretes. No entanto, há necessidade de mais países africanos com a capacidade de enviar tropas de manutenção da paz sem exigir um financiamento imediato por parte da União africana ou das Nações Unidas. Neste momento só a África do Sul e a Nigéria têm esta capacidade.
Porém, uma dificuldade acrescida para a participação angolana em missões de paz sãs as suas “credenciais democráticas questionáveis”. as missões de paz ocorrem depois de grandes emergências, muitas vezes caracterizadas por falta de respeito pelos direitos humanos e pelas normas internacionais. Os grupos de defesa dos direitos humanos advertem para alegados abusos por parte dos militares no enclave de Cabinda, onde um grupo separatista mantém um conflito de baixa intensidade pela independência. Mais recentemente, o exército foi criticado pela maneira como geriu a repatriação dos congoleses envolvidos no comércio de diamantes angolanos.