Os mercenários e os combatentes estrangeiros ajudam a derrubar governos e ameaçam a independência e soberania dos Estados africanos. E comprometem o desenvolvimento sustentável do continente
Os mercenários e os combatentes estrangeiros ajudam a derrubar governos e ameaçam a independência e soberania dos Estados africanos. E comprometem o desenvolvimento sustentável do continente O Conselho de Segurança das Nações Unidas realizou esta semana um debate sobre a insegurança e desestabilização que causam as atividades dos mercenários e outros combatentes estrangeiros em África, onde foi destacado o perigo que estes elementos podem causar à estabilidade e soberania dos Estados. Os mercenários são desunidos, indisciplinados, ambiciosos e desleais. alguns vão de uma guerra para a outra, exercendo o seu comércio mortal com armas de alto poder, sem prestarem contas a ninguém e desprezando por completo as leis humanitárias internacionais. as suas atividades minam o Estado de Direito e perpetuam a impunidade, afirmou o secretário-geral da ONU. Segundo antónio Guterres, os mercenários sempre existiram, mas neste momento converteram-se numa presença constante nos campos de batalha, produzindo um impacto muito claro nas sociedades que sofrem conflitos, pois podem ajudar a derrubar governos e ameaçar a independência e soberania do Estados africanos. Para o líder da ONU, além de participarem nas hostilidades, os mercenários converteram-se em impulsionadores e cúmplices da exploração ilegal de recursos naturais, participam no crime transnacional organizado e alimentam o terrorismo e o extremismo violento. Em África, têm tido um papel preponderante na Costa do Marfim, na República Centro-africana e nos Camarões, entre outros.