Serviços de segurança suspenderam as autorizações de trabalho aos correspondentes estrangeiros que fazem a cobertura dos protestos contra o Presidente e sobre a crise económica no país
Serviços de segurança suspenderam as autorizações de trabalho aos correspondentes estrangeiros que fazem a cobertura dos protestos contra o Presidente e sobre a crise económica no país Está proibida a publicação de qualquer material relacionado com as manifestações e a violência das forças de segurança contra os manifestantes e apenas se permite a divulgação de alegados delitos cometidos pelos participantes nos protestos, denunciam os jornalistas estrangeiros destacados no Sudão, numa nota enviada à agência Fides. as restrições abrangem as agências noticiosas e televisões sudanesas e estrangeiras, incluindo os canais televisivos al Jazeera e El arabiya. Os correspondestes destes órgãos de comunicação foram convocados pelos Serviços de Segurança e obrigados a entregar as suas acreditações, que ficaram suspensas por tempo indefinido. Segundo os jornalistas puderam perceber, as autoridades sudanesas não estavam satisfeitas com a cobertura mediática dos canais de televisão nacionais e internacionais dos protestos que começaram a 19 de dezembro último, contra o regime do Presidente Omar al Bashir. Em comunicado, a organização internacional Repórteres Sem Fronteiras (RSF) revela que no último mês foram detidos 66 jornalistas e confiscados 34 jornais. O alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos e o Parlamento Europeu já condenaram a repressão das autoridades sudanesas, assim como a detenção dos jornalistas.