Estudo elaborado por agências das Nações Unidas mostra que a ligação entre os conflitos e a fome continua persistente e mortal. Só em oito locais do mundo há 56 milhões de pessoas em situação de emergência alimentar
Estudo elaborado por agências das Nações Unidas mostra que a ligação entre os conflitos e a fome continua persistente e mortal. Só em oito locais do mundo há 56 milhões de pessoas em situação de emergência alimentar as estatísticas obtidas são de pessoas reais experimentando índices de fome que são simplesmente inaceitáveis no século XXI. Esta é a principal conclusão do estudo elaborado pela Organização das Nações Unidas para agricultura e alimentação (FaO) e Programa alimentar Mundial (PaM), para avaliar a situação alimentar no mundo. De acordo com o relatório conclusivo, a situação nos oito locais do mundo com o maior número de pessoas a precisar de assistência alimentar de emergência mostra que a ligação entre conflitos e fome continua persistente e mortal. No total, cerca de 56 milhões de pessoas precisam de assistência alimentar e de subsistência de emergência nestas oito zonas de conflito. a situação no afeganistão, na República Centro-africana, na República Democrática do Congo, no Sudão do Sul e no Iémen piorou na segunda metade do ano passado, principalmente por causa dos conflitos, enquanto a Somália, a Síria e a Bacia do Lago Chade apresentaram melhorias em termos de segurança alimentar. O estudo demonstra claramente o impacto da violência armada na vida e subsistência de milhões de homens, mulheres, meninos e meninas afetados por conflitos, sublinha o diretor-geral da FaO, José Graziano da Silva, destacando também o aumento da violência contra trabalhadores humanitários que, em alguns casos, obrigou as organizações a suspender as operações e privar populações vulneráveis de assistência.