Há várias ações a decorrer em diversas regiões do Brasil e outras promovidas por defensores dos direitos humanos em algumas capitais europeias e cidades norte-americanas
Há várias ações a decorrer em diversas regiões do Brasil e outras promovidas por defensores dos direitos humanos em algumas capitais europeias e cidades norte-americanasOs protestos contra as políticas anti-indígenas do Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, saíram à rua esta quinta-feira, 31 de janeiro, em várias regiões brasileiras e nas principais capitais europeias, para assinalar o primeiro mês de mandato do governante. a ação, promovida pela articulação de Povos Indígenas do Brasil (aPIB), foi batizada com o nome Sangue indígena – Nem uma gota a mais. Segundo a Survival Internacional, uma das organizações não governamentais que apoia a campanha, um dos primeiros atos de Bolsonaro ao assumir o poder foi retirar a responsabilidade pela demarcação das terras indígenas da Fundação Nacional do Índio (FUNaI) e entregá-la ao Ministério da agricultura, um gesto encarado como uma declaração de guerra contra os povos indígenas do Brasil. Na sequência desta retórica anti-indígena, os ataques de fazendeiros e pistoleiros contra as comunidades indígenas aumentaram dramaticamente. O território dos Uru Eu Wau Wau, por exemplo, foi invadido, colocando em risco indígenas isolados, e centenas de madeireiros e colonos estão a planear ocupar a terra dos awá, um dos povos mais ameaçados do mundo, adianta a Survival. Tendo sofrido 500 anos de genocídio e massacres, os povos indígenas do Brasil não ficarão intimidados pelo Presidente Bolsonaro, por mais ofensivas e antiquadas que sejam suas opiniões. E é inspirador ver quantas pessoas ao redor do mundo estão ao lado deles, sublinha o diretor da organização, Stephen Corry.