O número de mortos nas travessias do mar Mediterrâneo voltou a aumentar o ano passado, segundo o mais recente relatório do alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados
O número de mortos nas travessias do mar Mediterrâneo voltou a aumentar o ano passado, segundo o mais recente relatório do alto Comissariado das Nações Unidas para os RefugiadosUm em cada 14 migrantes que tentou chegar às costas europeias através das rotas do Mediterrâneo o ano passado perdeu a vida ou desapareceu no mar, segundo dados revelados esta quarta-feira, 30 de janeiro, pelo alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (aCNUR). ao todo, morreram ou desapareceram 2. 270 pessoas, o que representa um forte aumento em relação a 2017. Salvar vidas no mar não é uma opção, nem uma questão de política, mas uma obrigação antiga. Podemos acabar com estas tragédias, tendo coragem e visão para olhar além do próximo navio e adotar uma abordagem de longo prazo baseada na cooperação regional, que coloca a vida humana e a dignidade no seu centro, sublinhou Filippo Grandi, líder do aCNUR, na apresentação do relatório. O documento, intitulado Viagem desesperada, destaca o declínio geral dos fluxos migratórios para a União Europeia (UE) através do Mediterrâneo nos últimos 12 meses (139. 300, face aos 172. 324 no ano anterior), apesar do aumento na rota ocidental, isto é, os que chegam a Espanha, onde aumentaram 131 por cento num ano (de 28. 300 em 2017 para 65. 400 em 2018). Nos primeiros 27 dias deste ano, de acordo com a Organização Internacional das Migrações (OIM), chegaram à Europa 5. 757 migrantes e refugiados, um pequeno aumento face às 5. 502 chegadas registadas no mesmo período de 2018.