país tem uma das maiores taxas de mutilação genital feminina em África e era um dos poucos Estados do continente onde esta prática ainda era legal. Estima-se que cerca de 90 por cento das meninas e mulheres tenham sofrido ablação
país tem uma das maiores taxas de mutilação genital feminina em África e era um dos poucos Estados do continente onde esta prática ainda era legal. Estima-se que cerca de 90 por cento das meninas e mulheres tenham sofrido ablaçãoO governo da Serra Leoa proibiu a mutilação genital feminina, com efeitos imediatos, como parte de uma série de medidas contra as cerimónias de iniciação realizadas por sociedades secretas, informou o ministro do Governo Local e Desenvolvimento Rural, anthony Brewah. a ablação faz parte do processo de iniciação em sociedades secretas conhecidas como Bondo, que têm um destacado peso político no país, onde cerca de 90 por cento das meninas e mulheres foram vítimas desta prática. a Serra Leoa tem uma das maiores taxas de mutilação genital feminina em África e era um dos poucos países do continente que a autorizava. Numa carta enviada às autoridades regionais, Brewah explica que a proibição é uma resposta à violência política relacionada com estas sociedades secretas, que aplicam a ablação na iniciação das mulheres. Não queremos erradicar as “Bondo”, que fazem parte da nossa cultura, mas queremos assegurar-nos que a ablação é eliminada das práticas de iniciação, reagiu a ativista Rugiatu Turay, que vai reunir-se com o governo para saber o que será feito para proteger as mulheres e como se assegurará que a proibição é aplicada. Um relatório publicado em setembro de 2018 denunciou que milhões de meninas em África correm o risco de serem sujeitas a mutilação genital, por os seus governos não aplicarem as leis que proíbem esta prática, condenada internacionalmente.