Fundos pedidos por agência das Nações Unidas destinam-se a fornecer água potável, nutrição, educação, saúde e proteção a 41 milhões de menores, distribuídos por 59 países
Fundos pedidos por agência das Nações Unidas destinam-se a fornecer água potável, nutrição, educação, saúde e proteção a 41 milhões de menores, distribuídos por 59 países O Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) lançou um apelo aos doadores internacionais para reunir 3,4 mil milhões de euros, destinados a apoiar este ano 41 milhões de crianças afetadas por crises humanitárias. a verba servirá para fornecer água potável, nutrição, educação, saúde e proteção a menores de 59 países. Milhões de crianças que vivem hoje em meio de conflitos ou desastres estão a sofrer níveis horríveis de violência, angústia e trauma. E quando estas crianças não têm lugares seguros para brincar, quando não podem se reunir com suas famílias, quando não recebem apoio psicossocial, não se curam das cicatrizes invisíveis da guerra, alertou a diretora executiva da agência, Henrietta Fore. O UNICEF estima que mais de 34 milhões de crianças que vivem em zonas de conflitos e desastres não têm acesso a serviços de proteção infantil. Esse número inclui 6,6 milhões de crianças no Iémen, 5,5 milhões de crianças na Síria e quatro milhões de crianças na República Democrática do Congo (RDC). Segundo os responsáveis da agência, as restrições de financiamento e os desafios, como o crescente desrespeito das partes em conflito pelo direito internacional humanitário, têm limitado severamente a capacidade de ação. Na RDC, por exemplo, em 2018, apenas foi recebido um terço dos 18 milhões de euros necessários para as operações. E na Síria, apenas se recebeu um quinto do financiamento pedido. Neste apelo global, os casos que exigem mais investimento são os dos refugiados sírios e as comunidades de acolhimento no Egito, Jordânia, Líbano, Iraque e Turquia, no valor estimado de 791 milhões de euros. Prestar a estas crianças o apoio de que precisam é fundamental, mas sem uma ação internacional significativa e sustentada, muitos continuarão a ser esquecidos, sublinha o diretor de Programas de Emergência do UNICEF, Manuel Fontaine.