Francisco rejeita colocar em questão o celibato dos sacerdotes defendido pela Igreja Católica romana. E recorda uma frase do Papa Paulo VI, quando disse que preferia «perder a vida do que mudar a lei do celibato»
Francisco rejeita colocar em questão o celibato dos sacerdotes defendido pela Igreja Católica romana. E recorda uma frase do Papa Paulo VI, quando disse que preferia «perder a vida do que mudar a lei do celibato» O Papa Francisco não está disposto a mudar a lei do celibato na Igreja Católica, conforme explicou esta segunda-feira, 28 de janeiro, aos jornalistas que o acompanharam no voo de regresso a Roma, Itália, depois da participação nas Jornadas Mundiais da Juventude, no Panamá. Pessoalmente, acho que o celibato é um dom para a Igreja. além disso, não concordo que seja permitido o celibato opcional. Posso parecer fechado sobre este assunto, mas não me sentiria bem a aparecer diante de Deus com essa decisão, afirmou o Pontífice, quando questionado sobre a possibilidade de os sacerdotes casarem e sobre a ordenação de homens casados. O Papa argentino lembrou ainda uma frase do Papa Paulo VI sobre o voto de castidade – Prefiro perder a vida do que mudar a lei do celibato -, acrescentando ser necessário repeti-la, já que é uma frase corajosa, dita num momento difícil, em 1968, quando se vivia um período de contestação estudantil um pouco por todo o mundo. Questionado sobre a cimeira de presidente de conferências episcopais sobre a questão dos abusos sexuais no seio da Igreja, agendada para os dias 21 a 24 de fevereiro, Francisco avisou que não devem criar-se grandes expectativas em relação a este encontro, pois tem um intuito mais formativo.