Uma conferência dos dadores para a República Centro-africana começou esta segunda-feira na capital dos Camarões, Yaounde, organizada pelas Nações Unidas.
Uma conferência dos dadores para a República Centro-africana começou esta segunda-feira na capital dos Camarões, Yaounde, organizada pelas Nações Unidas. a conferência decorre em Yaounde porque nos Camarões se encontram as embaixadas dos países e os escritórios de cooperação do Processo Consolidado de apelos, que visa juntar dinheiro para necessidades humanitárias. Este processo foi aprovado pelo Departamento das Nações Unidas para a Coordenação de assuntos Humanitários (OCHa). São necessários cerca de seis milhões de dólares em ajuda humanitária para a República Centro-africana (RCa).
Segundo o OCHa, a crise humanitária na RC a continua a afectar pelo menos um milhão de pessoas vulneráveis. Há mais de um mês, o alto-comissário para os refugiados, antónio Guterres, falou da situação do país como a mais esquecida. “Ninguém fala disso, e está a tornar-se num enorme problema, numa tragédia, mesmo no centro do continente africano”, disse. E acrescentou que a falta de tranquilidade no país pode facilmente ameaçar a estabilidade regional, com possí­veis implicações para o Chade e os Camarões.
Segundo o OCH a a esperança média de vida na RC a continua a diminuir seis meses em cada ano que passa. “Regularmente aparecem novos dramas. Depois dos ataques de bandidos no norte do país desde Dezembro, milhares continuam desalojados, 45 mil fugiram para o Chade”. as agências das Nações Unidas e as organizações não-governamentais esforçam-se para ajudar os que se encontram deslocados no próprio país, mas não estão a conseguir dar ajuda imediata.
apesar dos dadores mais importantes terem confirmado a sua participação na conferência de Yaounde, a organização não está optimista que sejam feitos compromissos ou promessas durante o encontro. “Se este desastre humanitário vai ser evitado ou não, acabará por ser decidido nas grandes capitais do mundo”, disse Maurizio Giuliano, porta-voz do coordenador humanitário da RCa.