No voo de regresso a Itália, depois da participação nas Jornadas Mundiais da Juventude, no Panamá, o Pontífice reiterou o desejo de que se encontre uma solução «justa e pacífica» para a crise no país
No voo de regresso a Itália, depois da participação nas Jornadas Mundiais da Juventude, no Panamá, o Pontífice reiterou o desejo de que se encontre uma solução «justa e pacífica» para a crise no país O que é que me assusta? O derramamento de sangue, afirmou o Papa Francisco, esta segunda-feira, 28 de janeiro, quando questionado sobre a questão da Venezuela, no voo de regresso a Roma, Itália, depois de ter participado nas Jornadas Mundiais da Juventude (JMJ), no Panamá. Perante os cerca de 70 jornalistas que o acompanhavam, o Pontífice reiterou que deseja uma solução justa e pacífica para a crise política no país, e referiu que não se pronunciava sobre o que há a fazer porque seria uma imprudência pastoral que poderia causar danos. Tenho que ser pastor. E se necessitam de ajuda, de comum acordo, que a peçam. Se eu começasse a dizer façam caso destes países ou destes outros, seria uma imprudência pastoral da minha parte, sublinhou Francisco, confessando ter pensando muito bem antes de se pronunciar sobre a situação no país sul-americano. O Santa Padre pediu grandeza a todos os que podem contribuir para resolver a atual crise e manifestou-se próximo do povo, que é quem mais sofre. Nestes momentos, eu apoio todo o povo venezuelano. Um povo que está a sofrer, inclusive os que estão de uma parte e de outra, afirmou. Em pleno colapso económico, a Venezuela entrou numa perigosa escalada de tensões, depois do líder do Parlamento, Juan Guaidó, se ter auto-proclamado Presidente interino do país. Os países europeus que o apoiam deram oito dias a Nicolás Maduro para que aceite a realização de eleições livres, e Guaidó já convocou novas manifestações para esta semana.