Episódios climáticos extremos afetaram mais de 60 milhões de pessoas em 2018. Nenhuma parte do globo foi poupada, sendo que os terramotos e tsunamis foram os responsáveis pela maioria das vítimas mortais
Episódios climáticos extremos afetaram mais de 60 milhões de pessoas em 2018. Nenhuma parte do globo foi poupada, sendo que os terramotos e tsunamis foram os responsáveis pela maioria das vítimas mortais O Centro de Pesquisa e Epidemiologia de Desastres analisou o impacto dos 281 episódios climáticos extremos ocorridos o ano passado e concluiu que os desastres afetaram 61,7 milhões de pessoas em todo o mundo e causaram 10 mil vítimas mortais, a maioria em consequência de terramotos e tsunamis. Em reação a estes números, o representante especial do secretário-geral das Nações Unidas para a Redução do Risco de Desastres, Mami Mizutori, alertou que para reduzir estas perdas é necessário melhorar a gestão de risco de desastres. O tempo está a esgotar-se para limitar o aquecimento global a 1,5º C ou 2º C, pelo que é fundamental tomar medidas efetivas quanto à adaptação às mudanças climáticas, o que significa reduzir o risco de desastres nas nossas cidades, afirmou o responsável. a atividade sísmica, incluindo terremotos, tsunamis e atividade vulcânica, afetou a vida de 3,4 milhões de pessoas no ano passado e ceifou mais vidas do que qualquer outro tipo de desastre, incluindo na Indonésia com 4. 417, na Guatemala com 425 e na Papua Nova-Guiné com 145 pessoas. as inundações continuaram a ser o desastre com o maior número de afetados: 35,4 milhões de pessoas. Elas causaram 2. 859 mortes, incluindo 504 na Índia, 220 no Japão, 199 na Nigéria e 151 na Coreia do Norte. Já as tempestades atingiram 12,8 milhões de pessoas em 2018 e registaram 1. 593 mortes. Por outro lado, os incêndios florestais na Europa e na américa do Norte atingiram um número recorde de perda de vidas quando a Grécia registou o maior incêndio florestal na Europa, e os Estados Unidos da américa sofreram o seu mais violento incêndio em mais de um século. as estatísticas destacam ainda que 9,3 milhões de pessoas foram afetadas pela seca em todo o mundo. Foram três milhões no Quénia, 2,2 milhões no afeganistão e 2,5 milhões na américa Central incluindo os principais pontos de migração: Guatemala, Honduras, El Salvador e Nicarágua.