Centenas de pessoas procuraram refúgio no templo como medo de ações violentas contra os manifestantes por parte das forças policiais e militares. Repressão já provocou mais de uma dezena de mortos
Centenas de pessoas procuraram refúgio no templo como medo de ações violentas contra os manifestantes por parte das forças policiais e militares. Repressão já provocou mais de uma dezena de mortos a intervenção policial na zona de Maturin, na Venezuela, levou cerca de 700 pessoas a refugiarem-se na Catedral de Nossa Senhora do Carmo, por receio de serem vítimas de violência, informou esta quinta-feira, 24 janeiro, o porta-voz da Conferência Episcopal da Venezuela. a repressão das forças de segurança, desde que o líder da oposição se auto-proclamou Presidente interino, já provocou pelo menos 16 mortos. Segundo o conselheiro municipal de Caracas, Rogelio Díaz, citado pela agência Fides, tem-se assistido a disparos de armas de fogo, explosões e uma brutal repressão, o que faz com que os cidadãos dos bairros populares estejam encerrados nas suas casas. Para acompanhar e avaliar as denúncias de violações de direitos humanos, a Comissão Interamericana de Direitos Humanos ativou o seu comité de emergência. Em Petara, uma das maiores favelas do país, a Guarda Nacional usou balas e gás lacrimogéneo para dispersar as pessoas que tentavam fechar os acessos à cidade. Vários testemunhos dão conta de que viram diversos jovens armados a descer as encostas e a investir contra os guardas, enquanto as viaturas anti-motim cruzavam a zona atacando os manifestantes. as redes sociais têm servido para propagar as imagens e vídeos dos protestos e manifestações, não só em Caracas, mas também em praças de outras cidades venezuelanas como Barquisimeto, Maracaibo, Barinas e San Cristóbal.