Governo mandou bloquear o acesso à rede na sequência dos protestos contra o aumento do preço dos combustí­veis, mas a medida foi considerada ilegal pelo Supremo Tribunal de Justiça
Governo mandou bloquear o acesso à rede na sequência dos protestos contra o aumento do preço dos combustí­veis, mas a medida foi considerada ilegal pelo Supremo Tribunal de Justiça O Supremo Tribunal de Justiça do Zimbabwe considerou ilegal o corte da internet no país, decretado pelo governo após vários dias de protestos contra o aumento do preço dos combustíveis, e ordenou que as ligações sejam repostas de imediato. Segundo o juiz titular do processo, a decisão de mandar cortar o acesso à rede partiu do ministro de Estado para a Segurança, quando apenas o Presidente do Zimbabwe, Emmerson Mnangagwa, tem competência para determinar uma medida deste género. O acesso à internet havia sido cortado a semana passada, tendo sido restaurado o acesso parcial durante o fim de semana, mas mantido o bloqueio às redes sociais, como o Facebook, Twitter e Whatsapp. a medida visava conter a convulsão social que se gerou depois de, no dia 12 de janeiro, o Presidente ter anunciado o aumento do preço da gasolina para mais do dobro. a Confederação Sindical do Zimbabwe convocou uma greve de três dias, que começou na segunda-feira seguinte, e os zimbabweanos saíram à rua para se manifestar contra a decisão e a crise económica que afeta o país.