apesar das melhorias alcançadas, os países lusófonos têm pela frente vários desafios em termos económicos, como a dívida pública, a variação do preço do petróleo e a resolução das tensões comerciais
apesar das melhorias alcançadas, os países lusófonos têm pela frente vários desafios em termos económicos, como a dívida pública, a variação do preço do petróleo e a resolução das tensões comerciais angola, Moçambique e Brasil são três dos países lusófonos que registaram progressos em termos económicos, mas enfrentam alguns riscos no futuro, nomeadamente com a dívida pública, a variação do preço do petróleo e as tensões comerciais, revela o mais recente relatório sobre a situação económica mundial, realizado pela Conferência das Nações Unidas para o Comércio e Desenvolvimento (UNCTaD) e o Departamento de assuntos Económicos e Sociais da ONU (DESa). a economia moçambicana ainda não recuperou de vários choques negativos, nomeadamente a descoberta de dívida oculta em 2016, explica a especialista em assuntos económicos do DESa, Helena afonso, adiantando que se prevê que o ritmo de crescimento para este ano se mantenha igual ao do ano passado (3,4 por cento) e que alcance um ligeiro aumento para quatro por cento em 2020. Em termos de riscos, o maior seria, sem dúvida, o pesado fardo da dívida do setor público, que se encontra acima de 100 por cento do Produto Interno Bruto, e uma falta de acordo nas negociações sobre a dívida. Em relação a angola, a especialista afirma que a situação está a melhorar, com um crescimento previsto de 2,4 por cento este ano e três por cento no próximo ano, mas os resultados dependerão dos preços do petróleo. Há um aumento da produção petrolífera e de diamantes, mas também efeitos das reformas económicas em andamento, que devem melhorar o clima dos negócios. No entanto, a performance da economia angolana depende muito da evolução do preço do petróleo, o qual prevemos que se mantenha, apesar de tudo, acima de 70 dólares este ano, refere Helena afonso. Para o Brasil, a previsão de crescimento é de 2,1 por cento em 2019 e 2,5 por cento em 2020, uma evolução sustentada por um maior investimento privado, maior consumo das famílias e inflação moderada. Quanto aos riscos, a especialista considera que estão equilibrados, mas dependem muito do novo governo ser capaz de implementar reformas macroeconómicas favoráveis ao mercado e conseguir restaurar a confiança.