Há pelo menos oito nações na Região Europeia da Organização Mundial de Saúde sem planos para refugiados e migrantes nos seus sistemas de saúde. Lacuna pode ter repercussões negativas na saúde pública
Há pelo menos oito nações na Região Europeia da Organização Mundial de Saúde sem planos para refugiados e migrantes nos seus sistemas de saúde. Lacuna pode ter repercussões negativas na saúde pública a Organização Mundial de Saúde (OMS) divulgou o seu primeiro relatório produzido pela Região Europeia, que agrega 53 Estados, sobre a saúde dos refugiados e migrantes, onde se conclui que pelo menos oito países não têm planos nos seus sistemas de saúde para esta franja da população, que ultrapassa os 90 milhões de pessoas. Sem identificar as nações em causa, o documento sublinha, no entanto, que a falta de capacidade para assegurar o acesso equitativo a cuidados de saúde para refugiados e migrantes pode ter repercussões negativas na saúde pública. Efeitos que podem ter impacto tanto nesta população móvel como nos países que a recebe, e dificultar o cumprimento dos objetivos globais na área da saúde.com base nos dados disponíveis, a OMS refere que as estimativas de mortalidade dos refugiados e migrantes causadas por condições físicas ou mentais, lesões ou problemas digestivos, por norma, são menores do que as da população que os recebe. ao contrário, causas como infeções, doenças do sangue e cardíacas tendem a causar mais mortes entre os migrantes e refugiados. Neste contexto, é recomendado aos países europeus que tornem os serviços de saúde universais para acolherem também refugiados e migrantes mesmo indocumentados e que, a par do apoio médico, seja feito um apoio social, já que muitas destas pessoas desconhecem os sistemas de saúde do país onde estão. Por outro lado, a OMS pede que a avaliação feita nas fronteiras não inclua apenas doenças contagiosas, e que essa avaliação seja acompanhada de um tratamento e acompanhamento com atenção às diferenças étnicas e à confidencialidade.