União Europeia vai reintroduzir direitos de importação sobre o arroz, para proteção dos produtores europeus, e o governo do país asiático considera a decisão «injustificável» e dramática para os seus agricultores
União Europeia vai reintroduzir direitos de importação sobre o arroz, para proteção dos produtores europeus, e o governo do país asiático considera a decisão «injustificável» e dramática para os seus agricultores O governo do Camboja acusa a União Europeia (UE) de violar as regras do comércio internacional, ao reintroduzir direitos de importação sobre o arroz proveniente daquele país de de Myanmar. a decisão, que entrou em vigor esta semana, destina-se a proteger os produtores europeus, e foi solicitada por vários Estados-membros, entre eles Portugal. Porém, para o Ministério do Comércio do Camboja, a medida não está em conformidade com as regras do comércio internacional, nem reflete uma boa cooperação entre o Camboja e a UE, tratando-se de uma arma que matará os produtores cambojanos endividados, refere um comunicado daquele organismo, citado pela agência Lusa. O Camboja e Myanmar (ex-Birmânia) são beneficiários do regime de comércio Tudo Menos armas da UE, que concede unilateralmente acesso ao seu mercado, com isenção de direitos aduaneiros e sem limites quantitativos, aos países menos avançados do mundo (exceto para armas e munições). O pedido inicial de instituição de medidas de salvaguarda sobre as importações de arroz foi apresentado por Itália há quase um ano, em fevereiro de 2018, com o apoio de todos os outros Estados-membros produtores de arroz: Portugal, Espanha, França, Grécia, Hungria, Roménia e Bulgária.