após dois anos de crescimento, a taxa geral de pobreza estabilizou na região, mas o número de pessoas em situação de pobreza extrema aumentou e atingiu os valores mais altos da última década
após dois anos de crescimento, a taxa geral de pobreza estabilizou na região, mas o número de pessoas em situação de pobreza extrema aumentou e atingiu os valores mais altos da última décadaO relatório Panorama Social 2018, apresentado esta semana pela Comissão Económica da américa Latina e Caraíbas (CEPaL), revela que 184 milhões de pessoas viviam na pobreza naquela região, em 2017. Deste total, cerca de 62 milhões, ou seja 10,2 por cento da população, enfrentavam a pobreza extrema, uma percentagem que não era tão alta desde 2008. Os países apresentam grandes diferenças em relação aos índices de pobreza, sendo que apenas o Chile e o Uruguai registam uma taxa de pobreza inferior a 15 por cento da população. Noutros sete países, esta taxa situa-se entre os 15 e os 25 por cento, e em seis nações a penúria afeta mais do 25 por cento dos habitantes. Para Carlos Mussi, diretor da CEPaL o relatório indica uma certa continuidade no combate à pobreza na região, que por mais que tenha permanecido estável, está bem menor do que no início do século. acho que isso mostra um certo esforço da região, dos governos e de sua sociedade de combater a pobreza. Seja através de mercados de trabalho e dos programas de transferência de rendimentos. E depois, um certo empenho em termos de discussão da desigualdade que não era muito falado na região e que agora começa a ser debatido de uma forma mais ampla. Quanto à baixa participação das mulheres no mercado de trabalho remunerado, documentada pelo estudo, ela contrasta com a alta participação feminina no trabalho não remunerado para o próprio domicílio. Segundo dados das pesquisas de uso do tempo, na américa Latina, 77 por cento do trabalho não remunerado é realizado pelas mulheres.