Estudo sobre pobreza infantil revela que a maioria dos menores tem graves carências a vários níveis, desde a saúde à educação. Os casos mais preocupantes estão nas zonas rurais
Estudo sobre pobreza infantil revela que a maioria dos menores tem graves carências a vários níveis, desde a saúde à educação. Os casos mais preocupantes estão nas zonas rurais Três em cada quatro crianças angolanas com menos de 18 anos sofrem entre três a sete privações ao mesmo tempo, segundo um estudo efetuado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) de angola, que contou com o apoio técnico do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF). Tendo em conta as sete áreas de privação definidas pelos autores da pesquisa – nutrição, saúde, proteção, prevenção da malária, educação, habitação, água e saneamento – concluiu-se que 73 por cento das crianças sofrem mais de três privações. a situação é mais preocupante nas zonas rurais e nas faixas etárias dos zero aos cinco anos, e também dos 12 aos 17 anos, onde a taxa de privação, ou carência, é superior aos 80 por cento. Para o representante do UNICEF em angola, abubacar Sultan, os resultados mostram que a atenção a dar às crianças e adolescentes continua a ser prioritária. E que é necessário incrementar o esforço de todos, tanto do governo como dos agentes da sociedade civil, do setor privado e das famílias. O diretor-geral do INE, por sua vez, destacou a importância do estudo para determinar políticas públicas para a melhoria do bem-estar da criança. Se não for possível minimizar a pobreza nas crianças, este facto pode limitar o seu desenvolvimento e consequentemente prorrogar a pobreza até a idade adulta, alertou Camilo Ceita.