Confrontos entre as forças governamentais e grupos armados provocaram «um deslocamento maciço» da população. a insegurança obrigou também à retirada do terreno de 260 trabalhadores humanitários
Confrontos entre as forças governamentais e grupos armados provocaram «um deslocamento maciço» da população. a insegurança obrigou também à retirada do terreno de 260 trabalhadores humanitáriosOs confrontos desencadeados no final do ano passado, na região nordeste da Nigéria, forçaram dezenas de milhares de pessoas a fugir de suas casas e a procurar refúgio em acampamentos para deslocados internos nas cidades de Maiduguri e Monguno. a ONU teme uma nova tragédia humanitária, face à insegurança que obrigou a retirar as equipas humanitárias do terreno. É de cortar o coração ver tantas pessoas vivendo em campos congestionados ou dormindo do lado de fora sem abrigo. O impacto dos combates em civis inocentes é arrasador e criou uma tragédia humanitária, afirmou o coordenador Humanitário das Nações Unidas na Nigéria, Edward Kallon, depois de uma visita a Monguno e a um acampamento para deslocados internos em Maiduguri. Nas últimas semanas, mais de 30 mil deslocados chegaram a Maiduguri, principalmente oriundos de Baga, onde se agravaram os confrontos. a maioria destas pessoas teve que efetuar viagens árduas, com crianças pequenas. Em Moguno ainda não está contabilizado o número total de deslocados, mas já se sabe que há milhares de famílias a necessitar de assistência humanitária, principalmente abrigo, comida, água e saneamento. Também nas últimas semanas, cerca de 260 trabalhadores humanitários foram retirados de três áreas atingidas pelos conflitos, afetando a entrega de assistência humanitária a centenas de milhares de pessoas. alguns trabalhadores começaram a regressar para responder a necessidades urgentes, mas a falta de um ambiente operacional seguro impede a normalização das atividades, alerta o responsável da ONU.