Prelados lamentam não haver sensibilidade humana e social para produzir uma mudança profunda na condução do país. E deploram o clima de desconfiança que se vai enraizando
Prelados lamentam não haver sensibilidade humana e social para produzir uma mudança profunda na condução do país. E deploram o clima de desconfiança que se vai enraizando O presidente da Conferência Episcopal da Venezuela (CEV), arcebispo José Luis ayala, lamentou recentemente a situação de crise que se vive no país, culpou Nicolás Maduro pelo estado a que chegou a nação e manifestou preocupação com os índices de pobreza, que continuam a aumentar. a nível político, a população está como uma ovelha sem pastor, sem um projeto comum, e com dificuldade em fortalecer a cidadania e a consciência de cor-responsabilidade política. Não há nem uma ponta de sensibilidade humana e social que leve a uma mudança profunda na condução do país e continuamos a observar os grandes índices de pobreza, afirmou o prelado. Nicolás Maduro prepara-se para iniciar o seu segundo mandato na presidência, apesar das dúvidas quanto à legalidade das eleições que o elegeram. Para o arcebispo, a manutenção da política seguida até agora é conduzir o povo para o abismo. O nosso país vive uma desproporcional crise em todos os aspetos, mas infelizmente quem tem dirigido o governo durante estes últimos anos, provocando uma degradação humana e social na população e nos recursos da nação, está empenhado em prosseguir a mesma cartilha, sem mudanças significativas na economia e na melhoria das condições de vida dos venezuelanos, pelo que o seu desempenho se tornou ilegítimo e moralmente inaceitável, sublinhou José Luis ayala. Recordando as palavras do Papa Francisco sobre a necessidade de uma mudança social, o arcebispo alertou para a necessidade de uma organização comunitária em torno de um ideal de reconstrução do país, da promoção de mudanças que permitam eliminar a rota destrutiva e procurar novas formas de desenvolvimento integral.