Governo guatemalteco alega que as Nações Unidas violaram o acordo para a criação da Comissão Internacional contra a Impunidade e anunciou a intenção de rescindir o pacto
Governo guatemalteco alega que as Nações Unidas violaram o acordo para a criação da Comissão Internacional contra a Impunidade e anunciou a intenção de rescindir o pacto a ministra das relações exteriores da Guatemala, Sandra Jovel, esteve reunida recentemente com o secretário-geral das Nações Unidas, antónio Guterres, a quem apresentou uma carta informando a organização que o governo guatemalteco pretende rescindir o acordo para a criação da Comissão Internacional contra a Impunidade na Guatemala (CICIG). Num comunicado emitido após o encontro, Guterres fez saber que a ONU tem dialogado de forma construtiva com o governo da Guatemala, pelo que espera o cumprimento das obrigações legais por parte das autoridades guatemaltecas, pelo menos até setembro deste ano, data em que termina o mandato da comissão. Mas, a julgar pelas declarações de Sandra Jovel, o acordo será mesmo revogado. Segundo a ministra, o Presidente Jimmy Morales tomou a decisão de acordo com as faculdades que lhe confere a Constituição, assim como o direito internacional, por considerar que a ONU cometeu uma violação grave do acordo. Ou seja, o país leva ano e meio procurando um diálogo com a ONU, sem ter obtido nenhuma resposta. Recorde-se que, em setembro do ano passado, Morales decidiu proibir a entrada no país do responsável máximo da CICIG, Iván Velásquez, e anunciou que não renovaria o mandato da comissão. Guterres pediu então a Velásquez que continuasse o seu trabalho no exterior, até que se aclarasse a situação. a comissão foi criada em 2007, a pedido do govermo da Guatemala. E tem como missão apoiar e fortalecer as instituições do Estado encarregadas de investigar os delitos de grupos ilegais e sistemas de segurança clandestinos; e de grupos criminais que se infiltraram nas instituições estatais fomentando a impunidade e minando os avanços democráticos alcançados desde o final do conflito armado interno, na década de 1990.