Cientistas sociais luso-brasileiros revisitam a benemérita rede de dezenas de hospitais e associações de beneficência, que emigrantes portugueses na transição do século XIX para o século XX construí­ram em várias cidades brasileiras
Cientistas sociais luso-brasileiros revisitam a benemérita rede de dezenas de hospitais e associações de beneficência, que emigrantes portugueses na transição do século XIX para o século XX construí­ram em várias cidades brasileirasNo ocaso do ano passado, a editora Fiocruz, que concentra a maior parte dos lançamentos da Fundação Oswaldo Cruz, a mais importante instituição de ciência e tecnologia em saúde da américa Latina, e uma das principais instituições mundiais de pesquisa em saúde pública, localizada no Rio de Janeiro, lançou o livro Hospitais e Saúde no Oitocentos: diálogos entre Brasil e Portugal.organizado pelo arquiteto Renato Gama-Rosa, investigador da Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz), e Cybelle Miranda, investigadora da Universidade Federal do Pará (UFPa), o livro é constituído por sete capítulos: urbanística da Saúde no Rio de Janeiro Oitocentista de Inês El-Jaick andrade, Renato da Gama-Rosa Costa e Éric Alves Gallo; Hospitais na Belém Oitocentista: classicismo e diálogo entre matrizes luso-brasileiras de Cybelle Salvador Miranda; Da Instituição asilar ao Movimento antimanicomial: a reconstituição da memória do Hospital Juliano Moreira do Pará de Emanuella da Silva Piani Godinho e Cybelle Salvador Miranda; arquitetura da Saúde como Património: Hospital D. Luiz I da Benemérita Sociedade Portuguesa Beneficente do Pará de Cibelly alessandra Rodrigues Figueiredo; a Casa da Misericórdia no Contexto da arquitetura Portuguesa da Saúde na Centúria do Oitocentos em Portugal de Joana Balsa de Pinho e Fernando Grilo; O Hospital da Misericórdia de Fafe e a Contribuição da Benemerência Brasileira em Portugal no Século XIX de Daniel Bastos; e a arquitetura assistencial em Portugal no Início do Século XX: o Sanatório de Sant’ana de Maria João Bonina e Fernando Grilo. ao longo dos sete capítulos do livro, os cientistas sociais luso-brasileiros revisitam a benemérita rede de dezenas de hospitais e associações de beneficência, que emigrantes portugueses na transição do século XIX para o século XX construíram em várias cidades brasileiras, principal destino da emigração lusa na época, que originalmente se destinavam à ajuda mútua entre os sócios, membros da comunidade portuguesa, e que ainda hoje são instituições de referência no Brasil e na américa do Sul. assim como o contributo da filantropia dos brasileiros de torna-viagem, emigrantes portugueses enriquecidos no Brasil, que no alvorecer do século XX estiveram, entre outras obras beneméritas, na base da construção de hospitais nas suas terras de origem.