Pontífice alertou para a situação de 49 migrantes resgatados no Mediterrâneo que aguardam há pelo menos duas semanas por um porto seguro onde desembarcar
Pontífice alertou para a situação de 49 migrantes resgatados no Mediterrâneo que aguardam há pelo menos duas semanas por um porto seguro onde desembarcar O Papa Francisco lançou este domingo, 6 de janeiro, um apelo urgente aos líderes europeus para que acolham finalmente os 49 migrantes, entre eles várias crianças, bloqueados há pelo menos duas semanas a bordo de barcos de organizações não governamentais no mar Mediterrâneo. Há vários dias que 49 pessoas resgatadas no Mediterrâneo estão a bordo de dois barcos de organizações não governamentais, à espera de um porto seguro onde desembarcar. Faço um apelo urgente aos dirigentes europeus para que demonstrem solidariedade real com estas pessoas, disse o Pontífice durante a oração do ângelus, na Praça de São Pedro, no Vaticano. Os migrantes encontram-se ao largo da ilha de Malta, mas quer o governo maltês quer o governo italiano já manifestaram não ter intenção de autorizar a entrada dos navios nos seus portos. Em Itália, não entra mais ninguém. Esta é a linha e não mudará, afirmou o ministro italiano do Interior, Matteo Salvini, em declarações à imprensa italiana. Já o ministro maltês, Joseph Muscat, disse não querer criar um precedente ao autorizar o desembarque destes migrantes. Devemos encontrar um equilíbrio entre o aspeto humano e a segurança nacional, afirmou o governante, explicando que se o país abrir os seus portos, arrisca converter-se na principal porta de entrada de migrantes na Europa.