Relatório da Missão da ONU no país revela a «enorme preocupação» do secretário-geral da organização perante o clima de impunidade com que se continuam a produzir ataques contra líderes sociais e defensores dos direitos humanos
Relatório da Missão da ONU no país revela a «enorme preocupação» do secretário-geral da organização perante o clima de impunidade com que se continuam a produzir ataques contra líderes sociais e defensores dos direitos humanos Desde que foi assinado o acordo de paz na Colômbia, em novembro de 2016, já se registaram 163 assassinatos de líderes sociais e defensores dos direitos humanos, sobretudo nas zonas abandonadas pelas Forças armadas Revolucionárias da Colômbia (FaRC), revela o último relatório trimestral da Missão da ONU no país. No documento, antónio Guterres, secretário-geral das Nações Unidas, manifesta enorme preocupação com o clima de impunidade que se continua a verificar em relação a este tipo de crimes e alerta para a situação particular dos líderes indígenas, cada vez mais vítimas de assassinatos, ameaças, deslocamento e recrutamento forçados. Segundo o líder da ONU, as vítimas são normalmente pessoas que participam em atividades como a defesa da terra e dos recursos naturais; a implementação de partes do acordo de paz; a restituição de terras; denúncia de narcotraficantes, de grupos armados ilegais e tráfico de menores; em protesto contra os investimentos públicos ou contra a política. a crescente rejeição da violência em toda a sociedade colombiana e o desejo cada vez maior dos colombianos de aproveitarem as oportunidades que oferece o acordo de paz são sinais encorajadores de que esse esforço é viável, sublinha Guterres, pedindo um esforço de cooperação entre governo, instituições do Estado, partidos políticos, setor privado e sociedade civil, para a consolidação da paz.