Plataforma internacional de apoio aos povos nativos acusa o novo Presidente do Brasil de estar a abrir uma «guerra» contra os primeiros habitantes do país e a atacar o coração e a alma da nação brasileira
Plataforma internacional de apoio aos povos nativos acusa o novo Presidente do Brasil de estar a abrir uma «guerra» contra os primeiros habitantes do país e a atacar o coração e a alma da nação brasileira a Survival Internacional, uma plataforma que luta há 50 anos pelos direitos dos povos indígenas, emitiu esta semana um comunicado onde repudia a medida do novo Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, de retirar a competência da demarcação das terras indígenas da Fundação Nacional do Índio (FUNaI), entregando-a ao Ministério da agricultura. a decisão é uma declaração de guerra contra os indígenas, considera a organização. No documento, a Survival recorda que a nova ministra da agricultura, Tereza Cristina, tem uma longa história de oposição aos direitos territoriais dos povos indígenas e apoia a expansão da agropecuária nas suas terras, pelo que classifica a mudança como um ataque aos direitos, vida e meios de subsistência dos primeiros povos do Brasil e alerta que se a sua terra não é protegida, eles enfrentam o genocídio e as comunidades indígenas isoladas podem ser dizimadas. as terras indígenas têm um papel muito importante para a manutenção da riqueza da biodiversidade. Somos pessoas, somos seres humanos. Nascemos, crescemos e morremos na nossa terra sagrada, como qualquer ser humano vivente sobre esta terra. Estamos prontos para o diálogo, mas também estamos preparados para nos defender. Não queremos ser dizimados por meio de novas ações do governo e do Estado Nacional Brasileiro, referem os líderes das tribos aruak, Baniwa e apurinã, citados no comunicado. Empenhados na luta pela sobrevivência dos povos nativos, na proteção dos territórios mais biodiversos do país, na saúde do planeta e num futuro sustentável para a humanidade, os ativistas prometem continuar a fazer campanha para que as vidas e terras das comunidades indígenas sejam respeitadas e defendidas.