Missionários ajudam comunidade da Terra indígena Raposa Serra do Sol, no Brasil, a construir duas novas salas de aulas. Infraestrutura visa fortalecer a cultura local e promover a língua materna
Missionários ajudam comunidade da Terra indígena Raposa Serra do Sol, no Brasil, a construir duas novas salas de aulas. Infraestrutura visa fortalecer a cultura local e promover a língua materna Homologada como área indígena em 2005, a Terra Indígena Raposa Serra do Sol (TIRSS), no estado do Roraima, no norte do Brasil, conseguiu alcançar alguns progressos em termos estruturais, com a construção de postos de saúde, formação de agentes de saúde, agentes ambientais e professores indígenas, e o desenvolvimento de vários projetos, como o do gado, produção agrícola e rede de água canalizada. Porém, os efeitos das invasões passadas ainda se fazem sentir em algumas comunidades, como é o caso da Linha Seca, onde continuam a existir problemas com o consumo de droga e álcool e a verificar-se a falta de união entre os líderes. Resultado: alguns dos projetos comunitários ficam pelo caminho. Se a isto se juntar a tendência do governo brasileiro para congelar os investimentos nas infraestruturas escolares e na formação das equipas multidisciplinares que valorizem e fortaleçam o contexto da educação indígena, facilmente se percebe a preocupação dos missionários da Consolata que trabalham na TIRSS, quando lançaram um projeto para construir duas novas salas de aula na Escola Estadual Índio Luiz, na comunidade Linha Seca. a comunidade precisa fortalecer a sua cultura, a língua materna, a produção agrícola, ocupar-se e cuidar da natureza e não deixar que entrem novamente no território os políticos e fazendeiros com falsas promessas e manipulação ideológica, roubando as riquezas, com projetos que não trazem o bem para as comunidades, que usam mal o dinheiro público e causam danos ao meio ambiente, explicou, na ocasião, o padre Joseph Musito. Delineado o projeto e mobilizada a comunidade, que se comprometeu a contribuir com algum material, com a alimentação e gratificação dos pedreiros, foi assegurada a construção de duas salas de aula, um pequeno escritório para apoio aos professores, uma sala de arrumos para equipamento escolar e duas casas de banho. a prefeitura local também contribuiu com material de construção e disponibilizou uma viatura pesada para o transportar, mas os promotores da obra tiveram que suportar o custo do combustível.