Levantamento efetuado pelo Instituto Socioambiental revela um aumento significativo de abate de árvores nas áreas e regiões críticas, onde o desmatamento está fora de controlo
Levantamento efetuado pelo Instituto Socioambiental revela um aumento significativo de abate de árvores nas áreas e regiões críticas, onde o desmatamento está fora de controlo a desflorestação nas Terras Indígenas (TI) da amazónia continua concentrada no sudoeste do estado brasileiro do Pará e registou um aumento assustador entre agosto de 2017 e julho de 2018, segundo dados recolhidos pelo Instituto Socioambiental (ISa). Os investigadores e indígenas temem que o ritmo de destruição da floresta aumente em 2019. Só em uma dezena de TI registou-se mais de 80 por cento da devastação no período em análise. Já o desmatamento total, comparativamente com o período anterior, subiu 124 por cento, de 11,9 mil hectares para 26,7 hectares, uma extensão maior do que cidade de Recife. Este índice, de acordo com o ISa, equivale a quase 10 vezes o aumento do ritmo de desflorestação de toda a amazónia, que se cifrou em 13,7 por cento, na comparação com 2016-2017. Em toda a região, foram destruídos 790 mil hectares de mata, o equivalente a mais de cinco vezes o município de São Paulo. Os especialistas consideram que a repressão contra os crimes ambientais continua insuficiente ou inexistente e alertam que o enfraquecimento de leis e políticas ambientais e endurecimento do discurso contra elas estão a consolidar um clima favorável para este tipo de crimes.