Relatório de um perito independente propõe o fim da missão em 2020 e a reconfiguração da presença das Nações Unidas no país. Documento vai ser analisado pelo Conselho de Segurança
Relatório de um perito independente propõe o fim da missão em 2020 e a reconfiguração da presença das Nações Unidas no país. Documento vai ser analisado pelo Conselho de Segurança Um relatório elaborado por um perito independente, a pedido do secretário-geral das Nações Unidas, propõe o fim da missão da ONU na Guiné-Bissau (UNIOGBIS) em 2020 e a reconfiguração da presença da organização no país. O documento vai ser analisado na próxima sexta-feira, 14 de dezembro, pelo Conselho de Segurança, num encontro que servirá também para discutir a situação política na nação africana. O relatório considera que a Guiné-Bissau se tem mantido submersa num estado de instabilidade política crónica que poderá tornar-se mais volátil durante as eleições, pelo que tanto a UNIOGBIS, como a ECOMIB (força de interposição da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental), são elementos dissuasores para as possíveis sabotagens ao processo. Caso as eleições decorram, mesmo com atrasos, e as tensões políticas não atinjam proporções de crise, o perito recomenda que se deve considerar a possibilidade de reconfiguração da UNIOGBIS e estabelecer novas prioridades para refletir um pilar de paz e segurança mais coerente, ágil e eficaz, mais em sintonia com os pilares de desenvolvimento e de direitos humanos. O atual mandato da missão da ONU termina em fevereiro de 2019 e o relator da ONU aconselha que a reconfiguração da presença da organização tenha início logo após a conclusão do ciclo eleitoral com o estabelecimento de uma missão política na Guiné-Bissau mais reduzida e dirigida por um representante especial.